Av. Rio Branco |
Denominações Anteriores -
Catanduvas
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Espírito Santo da Varginha
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Divino Espírito Santo das Catanduvas
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No século XVIII, tropeiros compravam mercadorias em São Paulo e vendiam no sertão mineiro. Esses comerciantes viajavam em tropas e dormiam em cabanas, erguidas de seis em seis léguas. O atual bairro da Vargem era um desses pontos de descanso. Neste local, surgiu o primeiro povoado de Varginha, no do século dezoito. Os primeiros documentos de que se tem notícia sobre a história de Varginha datam de 1.780.
No século seguinte, mais precisamente em 1.863, os Estados Unidos acabam com a escravatura em seu país, o que iria refletir anos mais tarde, no Brasil. O País vive uma época de prosperidade, celebrando os primeiros sessenta anos de independência. Os tropeiros que passavam regularmente por Varginha construíram uma pequena capela próximo de onde está situada , atualmente, a Igreja Matriz do Divino Espírito Santo. Este foi outro núcleo de origem da cidade, que, um século mais tarde, se tornaria no centro econômico-financeiro da cidade.
Até 1.882, Varginha chegou a ter 1.700 escravos. O beco onde hoje está o Colégio Pio XII era um centro de comércio de escravos. A cidade recebia suas primeiras empresas e o movimento era intenso. No relacionamento internacional, a situação não era favorável. A Inglaterra fazia pressões sobre o Brasil, um dos últimos países que continuava comercializando escravos. Mercadoria em falta acarreta alta no valor: um escravo passou a custar o equivalente a uma fazenda. O trabalho escravo já não possuía atrativos suficientes.
O Brasil, então, um acordo com a Itália, onde vários imigrantes deslocam-se de sua terra natal para o Brasil. A passagem era paga pelo governo brasileiro, em troca de cinco anos de trabalho na lavoura.
Após esse período, a comunidade italiana que veio para a então Vila de Varginha já está completamente integrada aos aspectos da sociedade local. Sua presença é intensa, assim como as colônias portuguesas e espanhola. A influência de alguns imigrantes continua até hoje, através do estilo de diversas casas, principalmente no centro.
A pequena vila, na década do século XX, já contava com 113 estabelecimentos de beneficiamento de café. O produto sempre foi um importante fator de desenvolvimento, principalmente em decorrência da influência paulista. Mas, segundo os documentos que registram a história do município, o progresso de Varginha foi intensamente impulsionado após 1.925, com a visita do presidente do Estado, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada. Na ocasião, o presidente assumiu um empréstimo no valor de 2.500 contos de réis, o equivalente a cem fazendas. O empréstimo possibilitou a terraplenagem e reestruturação completa da cidade, com o asfaltamento das principais ruas.
Nos anos seguintes o café seria considerado importante propulsor da economia local. Nas últimas décadas, porém, o surgimento intenso de empresas e o crescimento do comércio aumentaram as opções de investimento em varginha. Descobrir a cidade significa, antes de tudo, uma viagem. A secularidade das tradições mineiras, a beleza de sua juventude, a riqueza da terra, a "cidade grande". O contraste entre o progresso e suas origens dão maior beleza ao município. Com nove clubes recreativos, reserva florestal localizada no Parque Ecológico São Francisco, dezenas de praças e espaços reservados à prática de atividades culturais, Varginha apresenta grande estrutura também no lazer e turismo. Por tudo isso, é possível afirmar, com orgulho, que Varginha é a cidade do Terceiro Milênio. Possui um povo que caminha em harmonia com a cidade. É uma cidade aberta a novos investimentos. Varginha assume naturalmente sua condição de liderança no interior mineiro, sendo o município que mais projeta influência em sua região. Já são ultrapassados os conceitos que classificam a cidade em seu atendimento à população. Hoje, há de se analisar o trabalho que é realizado em prol da comunidade. O atendimento na saúde, na educação, nos setores sociais.Não se mede maias a grandeza de uma cidade pelo número de habitantes, mas sim pela qualidade de vida e pela capacidade do município em se adequar aos novos ares da modernidade e ao Terceiro Milênio.
No ano 2000, Varginha recebe uma ótima notícia: uma pesquisa divulgada pela Fundação João Pinheiro apontou a cidade como a terceira mais promissora do Estado. Os itens principais nesse ranking foram qualidade de vida com melhores perspectivas econômicas para os próximos anos. Varginha surge nesta classificação devido a uma "excelente qualidade de vida, além de ser pólo econômico-industrial, receber novas indústrias, sediar praticamente toas as regionais dos governos estadual e federal, possuir estação aduaneira e o único porto seco do interior", de acordo com a fundação, a mais respeitada entidade de pesquisas institucionais do País.
Com a renda per capita de R$ 4.005,39 (bem acima da média mineira) e população de 120 mil habitantes, Varginha possui esperança de vida de 73,6 anos, uma das maiores em Minas. O número médio de anos de estudo, seis e meio por habitante, também é dos maiores. Essa posição se deve a estrutura no setor: são 93 escolas de 1º e 2º graus, 17 escolas de nível médio, mais de 20 cursos profissionalizantes e 13 cursos de nível superior. Somente a rede municipal atende mais de 10 mil alunos. Varginha talvez seja uma das poucas cidades no país que oferece vagas para os ensinos fundamental e médio, gratuitamente.
No nível médio, 22 escolas de formação de mão-de-obra profissional lançam no mercado milhares de profissionais que qualificam o campo de trabalho, aprimorando a competitividade e, conseqüentemente, a produtividade e qualidade.
Outros motivos colocam Varginha no ranking das cidades mais promissoras do Estado: o município oferece estrutura urbana invejável. Praticamente todos os bairros são pavimentados, com energia elétrica, água tratada, captação de esgotos; A rede de Saúde é modelo para o interior do Brasil. Quinze Unidades de Saúde construídas estrategicamente nos bairros, três hospitais - sendo um especializado em cirurgia cardíaca - e dois pronto-socorros municipais atendem a toda população. O Centro Regional de Oncologia, único no Sul de Minas, beneficia uma população de 3 milhões de pessoas. O município possui, ainda, gabinetes odontológicos que atendem a toda a população carente. |